domingo, 12 de outubro de 2008

Projeto envolvendo TV Aberta



Tema: TV Aberta

Título: Imagem é Tudo?

Problemática: O mundo mágico da TV influencia no meu modo de vida?

Objetivo:

Conceituais: Construir o conceito de imagem; comparar e contrastar os diversos programas televisivos; diferenciar sobre o que está implícito e explícito; dialogar sobre as semelhanças e diferenças dos programas; associar ou dissociar o real do imaginário; construir uma comunidade investigativa; desenvolver a oralidade; expressar com clareza; desenvolver a leitura e a escrita; ampliar repertório textual.

Procedimentais: Discutir assuntos pertinentes; expor opiniões; exemplificar argumentações; apreciação da TV como fonte de conhecimento; diferenciar programação televisiva conforme público; atribuir signos à imagem.

Atitudinais: Intrigar-se com situações conflitantes; refletir sobre o que é visto e ouvido; respeitar sentimentos diferentes do seu; distinguir imaginário do real; controlar impulsos influenciados pela TV


Conceitos:








Imagem – Emoções – Sentimentos – Mídia – Valores –
Conhecimento – Informação







Contextualização:

A criança é um sujeito que participa ativamente da evolução social, devendo conhecer-se por inteiro, entrar em contato com seu “eu” interior e com o mundo que a cerca, para assim poder promover a transformação do meio onde vive.
Assistir à televisão, em busca de informação ou lazer, é como ter uma janela aberta para o mundo. Os telejornais apresentam os fatos mais recentes, às vezes no instante que estão acontecendo. Seriados, novelas e filmes, desenhos animados e programas de auditório e infantis, noticiários esportivos. É só usar o controle remoto e escolher a programação.
Tendo em vista que os alunos atendidos vivem no mundo da “babá eletrônica” como é chamada a TV e sofrem influência da mesma, o projeto justifica-se quando cumprir o seu papel de questionar esta “realidade” que ela nos apresenta, suas conseqüências no dia-a-dia e refletir sobre como somos dominados, mesmo inconscientemente pelo que vemos e ouvimos.



Ações/Atividades:



a) Gráfico sobre programas preferidos dos alunos;
b) Investigação sobre a influência da TV no vestuário, linguagem e repertório musical das pessoas;
c) Pesquisa sobre os programas que a família assiste;
d) Comparativo entre os diversos telejornais percebendo como a notícia é focada em cada um deles;
e) Relato sobre a violência e suas conseqüências nos desenhos animados;
f) Teatro: escolher uma cena de novela e desenvolver o texto original e o que realmente poderia acontecer no cotidiano;
g) Elencar as propagandas e como os consumidores são atraídos (emoção – imagem – som)
h) Criação de uma propaganda ofertando um produto criado pelo grupo;
i) Notícia: Em grupos os alunos darão o tom a mesma notícia (dramático – humorístico – romanceada...)



Avaliação:



Durante esse trabalho será analisado o processo de aprendizagem, levando em consideração a efetiva participação dos educandos e suas reflexões a respeito do assunto abordado.

Finalização:

Exposição das atividades desenvolvidas em sala de aula em painéis da escola.

Leitura de Mundo


Segundo Paulo Freire a leitura de mundo precede a leitura da palavra. Pensando assim, a atividade desenvolvida com a 1ª Série 03 da E.E.B. Marcos Konder foi contextualizada para que os alunos, ainda não alfabetizados, refletissem sobre as diversas formas de leitura. Que eles (alguns) mesmo não conhecendo as letras e palavras, também trazem dentro de si o conhecimento para efetivar leituras.
Neste sentido os alunos sentem-se capacitados e autoconfiantes de que a leitura de palavras e textos é questão de “querer aprender”. Esta autoconfiança os torna capaz de tentar, testar hipóteses e variáveis de leitura até concluírem com êxito que suas competências e habilidades depende tão somente de expor, sem medos ou culpas, aquilo que está interiozado.
Na atividade foi solicitado aos alunos que escrevessem ou desenhassem tudo aquilo que pode ser lido e que eles sabiam com exatidão do que se tratava. A maioria desenhou embalagens de produtos vistos ou consumidos no seu cotidiano; placas de trânsito (faixa de pedestre), logotipos e indicações de percursos.
Após a atividade, num momento de reflexão, concluíram que ler é não apenas decodificar símbolos (letras), mas vai, além disso, é interpretar e perceber que o mundo que nos cerca contém informações em cada imagem que passa na frente de nossos olhos: placas, outdoors, letreiros, desenhos, letras, palavras e uma infinidade de leituras de mundo.
Vale a pena refletir sobre a prática pedagógica e perceber se estamos de fato inserindo em nossas aulas os variados gêneros textuais e os mais diversos portadores de textos que contemplem efetivamente a alfabetização e o letramento.



* Pedagogo e Professor de 1ª Série da E.E. B. Marcos Konder – Ilhota - SC

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Meu Mundo Matematicamente Cartografado


Projeto desenvolvido com meus alunos (2ª Série 03 - E.F. 09 Anos) vencedor do Troféu Destaque na I Feira Municipal de Matemática de Ilhota, passaporte para a XXIV Feira Regional de Matemática de Blumenau.

Atualmente um dos principais objetivos da educação é procurar p

Atualmente um dos principais objetivos da educação é procurar personalizar o ensino respeitando as diferenças de ritmos de aprendizagem de cada aluno, seguindo as mudanças sociais, culturais e tecnológicas e tornando o ensino da Matemática mais divertido, motivador e desafiador, necessariamente aliado à construção e formalização dos conceitos relacionados à disciplina em questão. Trabalhar com mapas e outras propostas cartográficas é bem mais comum na área da Geografia, embora ofereça ótima oportunidade de desenvolver conhecimentos matemáticos. Através do projeto “O lugar onde vivo – Meu mundo cartografado” que teve como objetivo que o aluno reconheça-se sujeito do seu espaço para poder agir conscientemente sobre ele, foram inseridos conhecimentos matemáticos envolvendo situações que fazem parte do cotidiano dos mesmos. Os alunos primeiramente visitaram o Laboratório de Informática, onde no programa Google Earth, localizaram o país, estado e cidade até chegar a sua casa. Depois fizeram a planta baixa de suas casas, utilizando os conhecimentos de Geometria - espaço e forma (quadrados, retângulos). Na planta baixa (área das figuras planas) foi trabalhado a multiplicação no papel quadriculado. Desenharam as frentes de suas casas e foi feita uma maquete vertical da cidade; tendo a noção de escala; com o nome das ruas e limites do município, assim foram trabalhadas as visões oblíqua, horizontal e vertical. As figuras planas foram retomadas na dobradura da casa. Quando as casas foram colocadas em seus lugares na maquete puderam conceituar lateralidade (esquerda/direita), linhas retas e curvas e com os números de suas casas trabalharam a ordem crescente e decrescente e os números pares e ímpares. A orientação espacial (medidas) também apareceu nas distâncias das casas (longe-perto). O raciocínio lógico foi atuante nos jogos confeccionados: Dominó das Moradias, cada aluno fez o seu e Jogo da Memória Auditiva com materiais de construção, que foi uma construção coletiva. Neste processo de construção, através do projeto, os alunos encontraram situações nas quais necessitaram compreender, utilizar e reconstruir conceitos e procedimentos matemáticos, estruturando o pensamento e o raciocínio lógico.


Programa MK nas Ondas do Rádio

sexta-feira, 18 de julho de 2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

Letramento Digital



os dias atuais, na chamada sociedade da informação, a perspect

Nos dias atuais, na chamada sociedade da informação, a perspectiva de formação para a cidadania só pode se concretizar se houver a possibilidade de acesso e uso de diferentes mídias e se a relação dos sujeitos com os discursos produzidos a partir de diferentes linguagens e suportados por essas mídias, não for de passividade. Isso requer ações complementares e articuladas. Uma primeira ação diz respeito a possibilitar conhecimentos técnicos/operacionais para utilização dessas mídias. Assim, no que se refere, por exemplo, à informática, trata-se de ensinar conhecimentos básicos sobre computadores, usos de aplicativos e programas de edição de texto, planilhas, apresentações, procedimentos para navegação na Internet, etc. Não se quer que os alunos saibam apenas operar a máquina, mas que possam com as informações disponibilizadas na rede efetivamente se inserir nas práticas sociais que se realizam nesse mundo digital.

Outra ação é promover condições para que o aluno possa participar do mundo digital. Na perspectiva do ideal de uma sociedade mais justa e igualitária, o letramento digital deve ser uma meta a ser perseguida e a escola deve ter um papel essencial nesse processo. A importação do conceito de letramento dos estudos sobre escrita não poderia ser mais feliz e adequada a esse contexto, pois a questão não é apenas ensinar os alunos a utilizarem as ferramentas e ou programas no sentido do seu domínio técnico de funcionamento, isto equivaleria a uma certa aprendizagem do código, à alfabetização no sentido mais restrito do termo. Trata-se de possibilitar que os alunos participem dessas práticas letradas do mundo digital, dominem gêneros que nele circulam, aprendam a utilizar os espaços virtuais e lidar com os tempos síncronos e assíncronos de comunicação, bem como com os hipertextos e hipermídias.

É necessário desenvolver nos nossos alunos, partindo do letramento digital, capacidades de compreensão que transcendam a busca do entendimento do texto e que impliquem a possibilidade de que eles construam réplicas (Bakthin) em relação ao que lêem e ouvem, refutando, concordando, complementando, questionando, surpreendendo-se, dentre outra ações lingüísticas possíveis.

Todas estas questões implicam em um trabalho com diferentes capacidades de leitura, sejam elas verbais ou não, que devem ser colocadas em relação.

Ligada a ação citada acima, está a necessidade de possibilitar uma reflexão crítica por parte dos alunos sobre estas mídias. Mais do que se utilizar dessas mídias e linguagens, é importante sua tematização como objeto de análise. Nessa perspectiva, é preciso que a escola problematize e envolva esse objeto no contexto de produção dos usos das mesmas e devem estar previstas no projeto político pedagógico e nos planos de ensino das várias disciplinas.

O ideal que tudo isto aconteça de forma articulada e desenvolva uma postura crítica em relação aos conteúdos veiculados nas mídias.


Referências



BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal (Trad. M. E. G.). São Paulo: Martins Fontes, 1992.


Soares, Magda B. Letramento: Um Tema em Três Gêneros. Belo

Horizonte: Autêntica, 1998.


http://www.ufpe.br/nehte/artigos/Letramento%20digital%20e%20ensino.pdf

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O futuro é agora....




Realmente a mudança está presente em todos os dias de nossa vida numa velocidade alucinante e o futuro não existe, ele é sempre o hoje, o agora. Para ilustrar esta fala utilizo a letra da música do Legião Urbana: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, se você parar para pensar na verdade não há..."
Recebi um e-mail de uma amiga que reflete sobre a velocidade das coisas e gostaria de compartilhar. Diz o seguinte:



"Vovô nem é tão velho...




Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?
E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco...
Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional.
Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on-line.
Não se havia inventado ar-condicionado, lavadora, secadoras (as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo.
Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser responsáveis pelos nossos atos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa.
Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos.
Não se conhecia telefones sem fio e muito menos celulares.
Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica,
rádios FM, fitas K-7, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras
(nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livreto de anotações.
Aos relógios se dava corda a cada dia.
Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, microondas nem rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos videocassetes, ou das filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto
e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam
e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald`s", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se comprava coisas por 5 e 10 centavos.
Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora me diga quantos anos acha que tenho?
Hiii... vovô.. mais de 200! Falou o neto.
- Não, querido, somente 58!"



Então o tempo não para!
Abraços